18/12/2024 | Por: Secom/PR
(SECOM )
A ministra Luciana Santos, da
Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), foi a entrevistada do programa “Bom dia,
Ministra” desta quarta-feira, 18 de dezembro, com a participação de rádios do
país. Um dos principais assuntos abordados foram os investimentos recordes
feitos pelo MCTI. Durante a conversa, a ministra fez um balanço das iniciativas
da pasta, que passam pelas áreas de transformação digital, educação, saúde,
entre outras.
Desde o início de 2023, foram
destinados mais de R$ 26,3 bilhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (FNDCT) para fortalecer a ciência brasileira. A verba
supera os valores contratados entre 2020 e 2022, quando, juntando os três anos,
os recursos não chegaram a R$ 10,5 bilhões.
“Nós alocamos esses investimentos
em dez programas, que são programas decididos pelo Conselho Diretor do FNDCT.
Só foi possível bater esses recordes graças a uma decisão do presidente Lula no
ano passado de fazer a reintegração completa do nosso fundo”, disse a ministra
Luciana.
No início deste ano, o Conselho
Diretor do FNDCT aprovou o Plano Anual de Investimento, estruturado em dez
programas estratégicos, com investimentos em diversas ações, principalmente com
chamadas públicas da Finep e do CNPq. O Conselho também já confirmou a execução
total dos R$ 12,7 bilhões previstos para 2024.
Luciana Santos destacou que os
investimentos passam pelo combate à fome, por meio do Programa de Ciência,
Tecnologia e Inovação para Segurança Alimentar e Erradicação da Fome; o apoio a
Projetos Nacionais Estratégicos, como o CBERS (satélite) e o Sirius (acelerador
de partículas); a transição energética, a transformação digital e até a Nova
Indústria Brasil (NIB). “São seis missões na NIB e nosso ministério está nessas
seis missões”, declarou.
PRÓ-AMAZÔNIA —
Outro programa é o Pró-Amazônia, que tem como objetivo apoiar infraestrutura de
pesquisa científica e tecnológica na Região Amazônica, apoiar projetos de
inovação de empresas e fomentar projetos de pesquisa. “O Pró-Amazônia é o
principal programa de investimentos que a gente está fazendo em toda a região.
São R$ 3,4 bilhões exclusivos. Temos uma necessidade de fazer uma política
pública na Amazônia que aproveite a nossa biodiversidade e que aquela riqueza
possa servir ao seu povo através da bioeconomia”, disse Luciana.
A ministra também ressaltou que o
ministério participa, pela primeira vez, do Novo PAC em programas estratégicos
para o país. São projetos que passam por saúde, educação, monitoramento de
desastres naturais e desenvolvimento industrial com tecnologia de ponta.
“O MCTI participa de oito
programas. Entre eles a Infovia, que é levar banda larga pública e gratuita,
principalmente para hospitais e escolas. São 40 mil quilômetros que já estamos
entregando em várias partes do Brasil”, ressaltou Luciana.
FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS —
Sobre a formação de novos profissionais nas áreas de Tecnologia da Informação e
da Comunicação (TIC), a ministra destacou que o Governo Federal dará
continuidade ao Programa Residência em TIC. “Existem vagas no mercado e a gente
precisa formar desenvolvedores de softwares, que são programadores. Então nós
vamos dar escala ao Programa Residência em TIC. Significa que o aluno, além de
passar três meses em aula teórica, em três meses já colocamos ele numa
residência. Isso tem sido um caso de sucesso”, explicou Luciana.
MULHERES —
Outro tema abordado no “Bom Dia, MInistra” foram as iniciativas para inclusão e
diversidade nas carreiras científicas e tecnológicas. A ministra ressaltou que
existe a necessidade de estimular a formação e a permanência das mulheres
nessas áreas.
“Toda a nossa política pública
tem que, necessariamente, prever o processo de enfrentamento à desigualdade que
vive o nosso país. Quanto às mulheres, a primeira ministra mulher de Ciência e
Tecnologia, se não cuidarmos de uma política pública que garanta tanto o
acesso, a ascensão, quanto a permanência das mulheres na ciência, quem o fará?
Temos que fazer jus a essa condição”, disse Luciana.
Uma das iniciativas lançadas
neste ano foi a chamada pública Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e
Computação, no valor de R$ 100 milhões. “Tem como objetivo buscar P&D,
Pesquisa e Desenvolvimento em Rede, que é o conceito mais correto de se produzir
ciência. Necessariamente tem que ser de três instituições diferentes e tem que
ser mulheres. O foco é para Ciências Exatas, Engenharias e Ciência da
Computação, porque nessas áreas somos, ainda, uma minoria”, afirmou a ministra.
Além dessa iniciativa, a ministra
destacou o Mulheres inovadoras, que objetiva estimular o empreendedorismo
inovador feminino; o edital Atlânticas - Programa Beatriz Nascimento de
Mulheres na Ciência, que visa aumentar a presença e permanência de mulheres
negras, quilombolas, indígenas e ciganas na ciência brasileira; e o Programa
Futuras Cientistas.
A titular do MCTI explicou que há
um processo de mudança na pontuação do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq), que flexibiliza o tempo para que mulheres
concluam a formação. “Nós somos a maioria das universitárias. No entanto,
quando chega no topo da carreira, isso reduz a um funil de 30%. Significa que
há problemas na permanência. As barreiras de uma sociedade machista, de alguma
maneira, impede a permanência das mulheres”, pontuou.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL —
Na entrevista, a ministra também explicou os recursos aplicados por meio do
Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). Ela destacou a melhoria na
infraestrutura dos supercomputadores do país. “Sem supercomputadores, nós não
temos como armazenar e processar dados. E a inteligência artificial é a ciência
dos dados. Estamos dando um salto grande no supercomputador Santos Dumont, que
fica em Petrópolis (RJ)”, explicou.
Também há a formação e
capacitação em Inteligência Artificial, programas de solução de IA no serviço
público brasileiro e para o setor empresarial. “Nós não devemos a nenhum lugar
do mundo do ponto de vista do investimento público. Estamos equiparados aos
investimentos europeus. Estou muito otimista que a gente vai dar conta do PBIA
e, principalmente, cuidar dos dados brasileiros”, disse Luciana Santos.
QUEM PARTICIPOU — O
programa “Bom dia, Ministra” é uma coprodução da Secretaria de Comunicação
Social da Presidência da República (Secom/PR) e da Empresa Brasil de
Comunicação (EBC). Participaram do programa desta quarta-feira a Rádio
Nacional/EBC (Brasília/DF); Rádio Cultura do Nordeste (Caruaru/PE); Rádio
Cidade em Dia (Cricíuma/SP); Rádio Azul (Americana/SP); Rádio Band News FM
(Salvador/BA); Rádio Cultura (Lavras/MG); Rádio Band News Difusora AM
(Manaus/AM).
Jornalista responsável:
Jornalista Adalmir Ferreira da Silva
Registro nº 0042497/RJ
Diretora Executiva:
Joana D’arc Malerbe
Maricá/RJ (21) 98763-5117 nvedicaorj@gmail.com