03/07/2024 | Por: Notícias ao Minuto
Depois da passagem por Belém, Bolsonaro anunciou uma série de viagens pelo Pará para apoiar pré-candidatos aliados (© Getty)
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível até 2030 depois
de ter sido condenado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), disse em Belém
neste domingo (30) que "vamos vencer e voltar àquele período que
experimentamos há pouco, de paz e de prosperidade".
"Mas, para chegar em 2026, temos que passar por 2024. Por todos os
municípios do Brasil", disse ele, em referência às eleições deste ano.
Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro (PL) estiveram
em Belém para participar do lançamento da pré-candidatura do deputado federal
Delegado E?der Mauro (PL-PA) à prefeitura da cidade. O parlamentar também é o
presidente do PL no estado.
Os apoiadores
receberam o ex-presidente no aeroporto da capital paraense e seguiram em
motociata até a região da Doca, onde Bolsonaro discursou em cima de um caminhão
de som.
Condenado pelo
TSE e tornado inelegível em dois processos, por mentiras e ataques ao sistema
eleitoral e por abuso de poder e campanha com dinheiro público nas comemorações
do Dia da Independência, Bolsonaro também está na mira da Polícia Federal em
diferentes inquéritos -como a investigação sobre os planos golpistas após as
eleições de 2022 e a fraude no cartão de vacinação.
Na última
semana, a PF analisava dados encontrados em celulares do advogado Frederick
Wassef para concluir nos próximos dias a investigação sobre a venda de joias
pelo ex-presidente.
Para a PF,
Bolsonaro utilizou a estrutura do governo federal para desviar presentes de
alto valor oferecidos a ele por autoridades estrangeiras. Após o caso ser
revelado, em 2023, o TCU (Tribunal de Contas da União) determinou que o
ex-presidente devolvesse as joias que ganhou.
Neste domingo, o
ex-presidente afirmou em seu discurso que "recebe carinho" em
"todo lugar do Brasil" e que, mesmo com "perseguições e
ameaças", "eu prefiro estar do lado do meu povo que nunca me
abandonou".
Bolsonaro também afirmou que "estávamos no caminho
certo" e que "algo aconteceu no final de 2022". "Não foram
vocês que me tiraram de lá. Foi o sistema. Mas nós vamos vencer o
sistema", disse ele, em um discurso de cerca de dez minutos. "Nosso
futuro passa por cada um de nós. Não existe salvador da pátria. Quem vai resgatar
este Brasil é cada um de nós", continuou ele.
Depois da
passagem por Belém, Bolsonaro anunciou uma série de viagens pelo Pará para
apoiar pré-candidatos aliados. Na segunda-feira (1º) pela manhã, ele estará na
cidade de São Geraldo do Araguaia. No período da tarde, em Marabá. Na manhã de
terça-feira (2), ele segue para Parauapebas.
Sem citar o nome
do presidente Lula (PT), Bolsonaro também disse em Belém que o atual mandatário
é "um presidente sem povo" e que "nem o nordestino engole este
cara".
Também disse que
os ministros de Lula são "incompetentes ou ficha suja" e que botou um
"ponto final na corrupção". "Vocês não viram corrupção no meu
governo. Hoje todo dia tem um escândalo", declarou.
O ex-presidente
também enumerou o que considera realizações da sua gestão. Disse que aumentou o
valor do Bolsa Família e que revolucionou a economia com a criação do Pix.
Também afirmou que acelerou o processo de aberturas de empresas e revogou
normas.
Segundo ele, sua
gestão "mostrou ao mundo" que "ninguém tem reservas minerais
como nós, ninguém tem terras agricultáveis como nós, água potável, beleza
natural, clima aprazível, e um povo ordeiro e trabalhador". Também disse
que o Pará "é o estado mais rico do Brasil, até do Amazonas, ouso
dizer", e que nada justifica "o povo viver num estado de
dificuldades".
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