21/11/2024 | Por: Notícias ao Minuto
(Reprodução)
Os pais de Marco
Aurélio Acosta cobram explicações da polícia e do governador Tarcísio de
Freitas (Republicanos) sobre a morte do universitário de 22 anos, ocorrida
nesta quarta-feira, 20, em uma abordagem da Polícia Militar.
"Quero
ver alguém que me dê explicações para dar conforto a toda a família. Quem vai
devolver o meu filho?", questionou Julio Cesar Acosta Navarro, pai de
Marco Aurélio, em entrevista ao programa Cidade Alerta, da TV
Record.
Cardiologista,
o pai afirma ter pedido à polícia informações sobre o disparo para tentar
salvar o filho, mas diz que ninguém da corporação se pronunciou. Ele trabalha
no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, ligado à Faculdade de
Medicina da USP, onde também atua como professor colaborador.
Ainda à
emissora, a mãe de Marco Aurélio se dirigiu ao governador: "O que o senhor
está fazendo para evitar mortes como a do meu filho? O que justifica esse
policial ter matado o meu filho?". Ela cobrou que Tarcísio de Freitas
tenha "a decência de pedir perdão" a ela.
A mãe também
afirmou que o jovem era solteiro e estava no hotel com uma moça, morava com os
pais e mais dois irmãos e era "um menino bom". Marco Aurélio estudava
Medicina na Universidade Anhembi Morumbi.
Como ocorreu
o disparo
Imagens da
câmera de segurança de um hotel do bairro mostram o jovem correndo, seguido de
um policial militar que o puxa pelo braço, empunhando a arma. Um segundo
policial aparece, dando um chute no jovem, que segura seu pé e o faz
desequilibrar. Em seguida, o policial de arma em punho dispara na altura do
peito da vítima.
Na versão
divulgada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo, o
jovem teria golpeado uma viatura e tentado fugir em seguida. Ainda segundo a
SSP, ele teria investido contra os policiais ao ser abordado e foi ferido por
um disparo. O rapaz foi levado ao Hospital Ipiranga, mas morreu nesta manhã.
A arma do
policial responsável pelo disparo foi apreendida e encaminhada à perícia, e as
polícias Civil e Militar apuram as circunstâncias da morte. "Os policiais
envolvidos na ocorrência prestaram depoimento, foram indiciados em inquérito e
ficarão afastados até a conclusão das investigações", afirma a pasta.
De acordo
com a SSP, as imagens registradas pelas câmeras corporais serão anexadas aos
inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento
de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
De janeiro a
setembro, a polícia de São Paulo matou 496 pessoas, o maior número para o
período desde 2020, quando ocorreram 575 mortes.
Jornalista responsável:
Jornalista Adalmir Ferreira da Silva
Registro nº 0042497/RJ
Diretora Executiva:
Joana D’arc Malerbe
Maricá/RJ (21) 98763-5117 nvedicaorj@gmail.com