19/11/2024 | Por: Notícias ao Minuto
(Reprodução)
FOLHAPRESS) - A
Polícia Civil de São Paulo realizou uma operação na manhã desta terça-feira
(19) para tentar cumprir um mandado de prisão contra um suspeito de ser um dos
olheiros do crime organizado no aeroporto de Guarulhos para executar o ataque
que matou Antônio Vinícius Gritzbach, 38, delator do PCC (Primeiro Comando da
Capital), em 8 de novembro.
A polícia
não conseguiu cumprir o mandado porque o suspeito fugiu. A suspeita é de que
ele esteja no Rio de Janeiro. A Folha de S.Paulo apurou que com o vazamento
desse mandado de prisão a operação foi antecipada para esta terça-feira.
Inicialmente, os policiais previam fazer esse trabalho na quinta-feira (21).
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em São Paulo, mas os materiais
apreendidos estão em sigilo.
A
investigação do ataque que deixou dois mortos no Aeroporto Internacional de São
Paulo, em Guarulhos, aponta que os criminosos teriam recebido um sinal de
dentro do saguão para saber o momento exato para agir.
"A ação
levou sete segundos. Foi planejada, ensaiada e sincronizada com o sinal de
alguém dentro do saguão", disse a delegada Ivalda Aleixo, titular do DHPP
(Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Imagens das
câmeras de segurança do aeroporto mostram o Volkswagen Gol preto passando em
frente à área de embarque três vezes antes de parar atrás de um ônibus da GCM
(Guarda Civil Metropolitana). Ou seja, os criminosos deram voltas ao redor do
estacionamento do aeroporto antes de aguardar pela saída de Gritzbach, alvo do
ataque.
O carro deu
ré e se preparou para sair, avançando devagar até o momento em que conseguiriam
pegar Gritzbach de frente, na calçada que separa as duas pistas na área de
desembarque do Terminal 2.
"Quando
recebe o sinal, vai bem devagar e passa pelo ônibus da GCM, e então consegue
pegar o Vinícius", disse Ivalda. Para confirmar que o carro deu voltas ao
redor do estacionamento e sincronizou a ação com um sinal, a equipe do DHPP
analisou imagens tanto da pista que dá acesso à área de desembarque e quanto da
plataforma. "Alguém dá o sinal na saída do Vinícius."
Nesse
momento, Gritzbach estava atravessando o portão do Terminal 2 acompanhado da
namorada, Maria Helena Antunes, e um policial militar que fazia sua escolta e
estava armado.
A conclusão
aponta para a participação de mais uma pessoa no ataque além dos criminosos no
carro. A defesa de Gritzbach já especulou, por exemplo, que pudesse haver
alguém o seguindo no voo ou que poderia haver algum tipo de geolocalização na
caixa de joias que ele levava na bagagem.
Gritzbach
recebeu a caixa, com joias avaliadas em R$ 1 milhão, durante a viagem a Maceió
da qual retornava quando foi morto.
O ataque
completou nesta sexta-feira (15) uma semana sem nenhum suspeito preso.
Jornalista responsável:
Jornalista Adalmir Ferreira da Silva
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