18/11/2024 | Por: Notícias ao Minuto
(Reprodução)
A Polícia
Federal (PF) vai investigar o incêndio que aconteceu neste domingo (17), na
casa de Francisco Wanderley Luiz, o homem que morreu na noite da última
quarta-feira (13), em Brasília, ao detonar explosivos na Praça dos Três
Poderes. Às 6h57, a equipe do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina foi
acionada para o atendimento da ocorrência em Rio do Sul (SC), onde residia
Francisco.
O local foi
isolado e os bombeiros realizaram perícia no local para apontar as causas do
incêndio. O laudo deverá ser divulgado em alguns dias, com prazo máximo de 30
dias.
De acordo
com a corporação, uma mulher havia sido retirada da residência por populares e
apresentava queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus em 100% do corpo.
Ela foi atendida, estabilizada na ambulância e conduzida ao pronto socorro do
Hospital Regional Alto Vale pelos bombeiros.
No local, os
militares verificaram que o fogo já havia destruído parcialmente a residência
de 50 metros quadrados. A equipe, então, controlou as chamas e fez o rescaldo,
para apagar todos os focos remanescentes.
Por volta
das 19h30 de quarta-feira (13), o chaveiro Francisco Wanderley Luiz, de 59
anos, conhecido como Tiu França, tentou entrar com explosivos na sede do
Supremo Tribunal Federal (STF), mas foi abordado pelos seguranças do local.
Vídeo das câmeras de segurança mostram o homem atirando os artefatos em direção
à escultura A Justiça, que fica em frente ao prédio da Corte e, em seguida,
acendendo um explosivo no próprio corpo.
Também foram
encontrados artefatos explosivos na casa onde Francisco estava hospedado, há
quatro meses, em Ceilândia, região administrativa a cerca de 30 quilômetros do
centro de Brasília, e em um carro no estacionamento próximo de um prédio anexo
da Câmara dos Deputados.
A Polícia Federal
(PF) investiga as explosões como ato terrorista e apura se o chaveiro agiu
sozinho ou recebeu algum tipo de apoio.
Francisco
foi candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul, cidade catarinense do Alto Vale
do Itajaí, nas eleições de 2020. Em entrevista à TV Brasil, um de
seus irmãos disse que ele estava obcecado por política nos últimos anos,
participou de acampamentos em rodovias contra a eleição do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e estava com comportamento irreconhecível.
Para o
ministro do STF Alexandre de Moraes, o atentado teve como fonte de estímulo à
polarização política instalada no país nos últimos anos e o "gabinete do
ódio", montado durante o governo do presidente Jair Bolsonaro. O
presidente da Suprema Corte, Luís Roberto Barroso, também afirmou que as
explosões ocorridas na frente da sede do tribunal revelam a necessidade de
responsabilização de quem atenta contra a democracia.
Moraes foi
escolhido por Barroso para ser o relator do inquérito que vai apurar as
explosões. A escolha foi feita com base na regra de prevenção, pois Moraes já
atua no comando das investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de
2023.
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Jornalista Adalmir Ferreira da Silva
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