17/11/2024 | Por: Notícias ao Minuto
(Reprodução)
Autoridades de
saúde informaram no sábado, 16, que confirmaram o primeiro caso nos Estados
Unidos da nova cepa da mpox (antigamente chamada de varíola dos macacos).
De acordo
com o Departamento de Saúde Pública da Califórnia, a pessoa infectada havia
viajado para o leste da África e recebeu tratamento no norte da Califórnia ao
retornar. Os sintomas estão melhorando, e o risco para o público é considerado
baixo.
O paciente
segue isolado em casa, e os profissionais de saúde estão entrando em contato
com pessoas próximas como medida de precaução, informou o departamento de saúde
do estado americano.
No início
deste ano, cientistas relataram o surgimento de uma nova cepa de mpox no leste
do Congo, na África, transmitida por contato próximo, inclusive por meio de
relações sexuais. Ela foi amplamente disseminada no leste e no centro da
África.
Desde o final
de setembro, mais de 3,1 mil casos confirmados foram relatados, segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS). A grande maioria ocorreu em três países
africanos: Burundi, Uganda e República Democrática do Congo.
Autoridades
de saúde informaram no início deste mês que a situação no Congo parece estar se
estabilizando. O CDC da África estimou que o Congo precisa de pelo menos 3
milhões de vacinas contra mpox para conter a disseminação e de outras 7 milhões
para o restante da África. A transmissão ocorre principalmente por contato
sexual, além de contato próximo entre crianças, gestantes e outros grupos
vulneráveis.
Desde então,
casos da nova forma de mpox foram registrados em viajantes na Alemanha, Índia,
Quênia, Suécia, Tailândia, Zimbábue e Reino Unido. Por ora, nos casos
identificados em viajantes fora do continente, a disseminação foi muito
limitada, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos
EUA.
Emergência
global
Em agosto
deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou a considerar a mpox uma
emergência de saúde global.
Ela já tinha
o declarado o mpox como uma emergência global de saúde em 2022, após o vírus se
espalhar para mais de 70 países que não haviam relatado casos anteriormente,
afetando principalmente homens gays e bissexuais. A queda de casos fez com que
a entidade declarasse fim do estado emergencial da mpox em 2023.
Antes desse
surto, a doença havia sido vista principalmente em surtos esporádicos na África
Central e Ocidental, quando as pessoas entravam em contato próximo com animais
selvagens infectados.
O atual
surto é diferente do surto global de mpox de 2022, no qual homens gays e
bissexuais representaram a vasta maioria dos casos. Quando a nova emergência
foi declarada, por exemplo, o CDC africano informou que quase 70% dos casos do
Congo eram de crianças com menos de 15 anos, que também representavam 85% das
mortes.
(Com
Associated Press)
Jornalista responsável:
Jornalista Adalmir Ferreira da Silva
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