11/11/2024 | Por: Notícias ao Minuto
(Reprodução)
O motorista de
aplicativo ferido durante a execução do empresário Antônio Vinícius Lopes
Gritzbach, morto a tiros no Aeroporto de Guarulhos, faleceu neste sábado, 9.
Celso Araujo Sampaio de Novais, de 41 anos, foi atingido por um tiro de fuzil
nas costas e estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital
Geral de Guarulhos.
Segundo apurou o Estadão, o corpo de Sampaio foi encaminhado
ao Instituto Médico Legal (IML) Guarulhos no sábado, sendo liberado para o
velório no mesmo dia. Morador de Guarulhos, Sampaio deixa três filhos.
Além de Sampaio, outras duas
pessoas foram atingidas: um homem, de 39 anos, que também foi internado no
Hospital Geral de Guarulhos, e uma mulher, de 28 anos, que recebeu atendimento
médico e foi liberada em seguida - ela foi ouvida pelos policiais no local.
Foram ao menos 27 disparos efetuados por dois criminosos, segundo informações
da perícia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa Humana (DHPP) da
Polícia Civil, que investiga o caso.
O crime
Conforme as informações preliminares do caso, Gritzbach havia
acabado de chegar de viagem com a namorada no aeroporto e seria recebido pelo
filho e um grupo de quatro seguranças, composto por PMs que faziam a proteção
do empresário. No caminho para o aeroporto, porém, um dos carros usados por
eles teria supostamente apresentado falha mecânica. Três dos seguranças, então,
teriam ficado com o veículo. Assim, somente um estava no aeroporto na hora do
atentado.
Uma das linhas de investigação, que ainda está em fase
preliminar, busca entender se os agentes não teriam deixado o policial exposto
no aeroporto intencionalmente. Os celulares dos quatro integrantes da escolta e
da namorada de Gritzbach foram apreendidos pelo DHPP, de acordo com informações
da Secretaria da Segurança Pública.
Os policiais militares que pertenciam
à equipe de segurança da vítima já prestaram depoimento para a Polícia Civil e
também na Corregedoria da PM. Eles foram afastados de suas atividades
operacionais durante as investigações e ficarão em expediente administrativo a
pedido da Corregedoria. A namorada da vítima também foi ouvida pelos
investigadores. As corregedorias das Polícias Civil e Militar apuram a atuação
dos agentes.
Empresário fechou acordo
de delação neste ano
Gritzbach fechou acordo de delação premiada, homologado pela
Justiça em abril. As negociações com o Ministério Público Estadual duravam dois
anos e ele já havia prestado seis depoimentos. Conforme a investigação
policial, ele é ex-corretor da Porte Engenharia e Urbanismo, uma das maiores
construtoras da cidade.
Em nota, a Porte diz que foi informada pela imprensa sobre a
morte de Gritzbach, "com quem não mantém negócios há anos". E afirma
que ele foi "corretor de imóveis na empresa apenas entre 2014 e
2018".
Na delação, o empresário falou
sobre envolvimento do PCC, a maior organização criminosa do País, com o futebol
e o mercado imobiliário. O empresário também deu informações sobre os
assassinatos de líderes da facção, como Cara Preta e Django.
Segundo o Estadão apurou, ele também mencionou corrupção
policial e suspeita de pagamento de propina na investigação da morte de Cara
Preta. Procurada pela reportagem, a Secretaria da Segurança Pública ainda não
se manifestou.
Gritzbach já havia sido alvo de um atentado na véspera do
Natal de 2023, quando um tiro de fuzil foi disparado contra a janela do
apartamento onde mora, no Tatuapé, na zona leste, mas o autor errou o alvo. A
reportagem apurou que a polícia já identificou o responsável por esse atentado.
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