31/10/2024 | Por: Secretaria de Comunicação Social
(Secretaria de Comunicação Soci)
Foi realizada
nesta terça-feira, 29 de outubro, a abertura da segunda edição da Semana
Brasileira de Educação Midiática (SBEM), no auditório do Anexo do Ministério da
Educação (MEC), em Brasília (DF). As atividades previstas para a Semana
fortalecem habilidades de comunicação dos estudantes em temas como meio
ambiente e mudanças climáticas, promoção do jornalismo de qualidade e direitos
no ambiente digital.
A 2ª SBEM é
uma realização da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
(Secom PR), em parceria com o Ministério da Educação (MEC), com a Unesco e
apoio da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do
Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), além de parceiros da
sociedade civil. Este ano aborda o tema "Conectando territórios e
diversidades" e terá uma agenda de atividades híbridas ligadas ao assunto
ao longo da semana. O evento se integra à Media and Information Literacy Week
2024 da UNESCO, consolidando a posição do Brasil no debate global sobre Alfabetização
Midiática e Informacional.
Na
programação, estão previstas mesas de discussão, oficinas digitais de práticas
de educação midiática, painéis sobre o papel da comunicação pública na promoção
da educação midiática e sobre como identificar o jornalismo de qualidade, além
de espaços de discussão com parceiros da França, da Dinamarca e do Reino Unido.
O secretário
de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da
República, João Brant, resumiu a abertura como um dia de celebração e
agradecimento. “Hoje é um dia para nós de celebração e agradecimento a
todos os parceiros do governo, da sociedade civil e da Unesco que fazem essa
política possível. Estamos aqui celebrando um conjunto de ações que estão sendo
concretizadas desde o ano passado e que vão ser formalizadas agora. Nós
tínhamos uma opção de começar definindo uma regra e depois correr atrás para
implementação ou começar testando a implementação e depois transformar em um
decreto ou algo do tipo. E ao optar por esse segundo caminho a gente aposta na
solidez, em construir antes as ações e dar a elas formato de politica
pública", destacou.
“Acho que o
esforço que a gente está fazendo aqui não é algo que modifica o que vai
acontecer amanhã ou daqui a três meses, mas é algo que busca modificar a
desorganização que o nosso tecido social hoje enfrenta, e que hoje marca a
formação nossa como sociedade”, conclui Brant.
CONSENSOS — Para a secretária de Educação Básica do
Ministério da Educação, Katia Schweickardt, a educação e o conhecimento são
ingredientes fundamentais para se construir uma sociedade mais compreensiva e
amorosa. “O desafio que está posto para todos nós é como é que a gente consegue
criar novos consensos para se manter como sociedade. E para proporcionar isso
às nossas crianças, adolescentes, jovens e os idosos que estão nesse mundo
digital também”, apontou.
Ela
acrescenta que o Brasil passa por um momento de redefinição do conceito de
comunidades, que afeta a formulação das identidades individuais. “Imagina o que
está acontecendo com a nossa juventude preta que era excluída da escola: 73%
dos nossos estudantes beneficiários do Pé-de-Meia são pretos e pardos. Eles
eram os ‘expulsáveis’ da escola. Eles nem sabem direito qual é o seu lugar no
mundo, mas a Internet começou a dizer que ele pode ser de um lugar que ele nem
sabia onde era fisicamente”, explicou a secretária. “Penso que a gente está
junto no momento certo, na hora certa”, sintetizou, sobre a parceria entre a
Secom e o MEC na pauta da educação midiática.
CIDADANIA – Representando a participação da sociedade
civil na construção da Semana, o diretor-presidente da Safernet, Thiago
Tavares, definiu “cidadania” como a palavra-chave para a abertura da
iniciativa. “Cidadania para uma educação inclusiva, em tempo integral,
voltada ao respeito e à promoção aos direitos humanos e ao desenvolvimento das
habilidades digitais necessárias para o século XXI, um período profundamente
marcado pela digitalização”, complementou.
“As ações
que serão desenvolvidas ao longo desta semana coroam um esforço coletivo e
voluntário, articulado pelo Poder Público e que envolve diversos atores da
sociedade civil”, relembrou. “São nove instituições da sociedade civil
participando dessa semana e aqui me permitam nomeá-las cada uma: Safernet, Vero,
Redes Cordiais, Instituto Palavra Aberta, Intervozes, Abaré, Ação Educativa,
Barão de Itararé e Geledés - Instituto da Mulher Negra”, elencou Thiago.
NIVELAR
CONHECIMENTO —
Adauto Soares, coordenador do Setor de Comunicação e Informação da Unesco
Brasil, defendeu a preocupação da organização mundial com o tema e destacou a
importância do avanço e da parceria com o governo brasileiro. “Batalhamos muito
para conseguir estruturar algum tipo de política pública. E o Brasil constituiu
essa política na Secom. Para nós é uma honra”, celebrou.
SENSO CRÍTICO —
Vivian Melcop, assessora de Políticas Públicas Educacionais da Undime, destacou
a importância do desenvolvimento da capacidade crítica dos estudantes no
contexto digital. “Estudantes precisam aprender a interpretar textos, notícias,
vídeos, mensagens de WhatsApp, de chats, fóruns de discussão, publicações em
mídias e redes sociais. A relação deles com as informações disseminadas e a
produção de conteúdos deve ser alterada nessa perspectiva de senso crítico, ao
ler qualquer mensagem e até ao produzir os seus próprios materiais e os seus
próprios textos”, avaliou.
Ela também apontou que a educação midiática não deve ser
direcionada apenas aos estudantes, mas também envolver mais agentes: família e
comunidade que não tenham aluno diretamente na escola, mas permeiam esses
ambientes. “A educação midiática deve envolver a todos, desenvolvendo
habilidades de produção, interpretação e pesquisa de informações preparando
para essa influência tecnológica”.
SENSIBILIDADE — Pilar Lacerda, presidenta
da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE) do
Ministério da Educação, pontuou que a quantidade de informações e notícias
divulgadas na internet causa um efeito dessensibilizador em quem consome e tem
contato com grandes volumes de conteúdos. “Hoje, são centenas de notícias que
crianças, jovens, adultos e idosos e idosas estão expostos o dia inteiro. A
escola é o espaço da formação na luta contra propagação de notícias falsas”,
assegurou.
Após a abertura oficial, foram realizadas duas mesas de
discussões: a primeira, sobre Educação Midiática nas políticas públicas do MEC.
Já a seguinte foi pautada na Educação Midiática para um futuro possível:
interseções com temas contemporâneos.
COMO PARTICIPAR — A 2ª Semana Brasileira de
Educação Midiática tem por objetivo mobilizar educadores e interessados na
temática a organizarem suas próprias atividades em escolas e comunidades. As
propostas podem ser feitas a partir de formulário disponível no site
da Secom-PR, que disponibiliza também planos de aula e um
repositório de conteúdos para inspirar educadores.
PLANOS DE AULAS – Além disso, por meio da página especial dedicada à 2ª
Semana, pessoas interessadas em participar podem acessar vários
planos de aula feitos por parceiros da Secom PR e do MEC, disponíveis para
baixar gratuitamente.
Jornalista responsável:
Jornalista Adalmir Ferreira da Silva
Registro nº 0042497/RJ
Diretora Executiva:
Joana D’arc Malerbe
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