21/10/2024 | Por: Notícias ao Minuto
(Reprodução)
Policiais civis
da Delegacia do Consumidor (Decon), com o apoio do Departamento-Geral de
Polícia Especializada (DGPE), deflagraram neste domingo, 20, a segunda fase da
"Operação Verum", contra os suspeitos de envolvimento na emissão de
laudos falsos emitidos pelo Laboratório PCS Saleme, que resultaram no
transplante de órgãos infectados com HIV, o vírus causador da Aids, no Rio.
De acordo com
nota da Polícia Civil, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, além
de uma prisão. A Polícia Civil não revelou sua identidade.
O delegado Wellington Pereira,
responsável pelas investigações, disse ao canal GloboNews que a pessoa presa
exercia o cargo de chefia. "Essa pessoa que foi presa exercia uma função
importante no contexto do laboratório. Ela era coordenadora de uma unidade
operacional e teria sido uma das pessoas que teria passado uma ordem para
controlar os gastos do laboratório", disse.
Na primeira fase da operação, realizada na segunda-feira, 14,
duas pessoas foram detidas e outros dois mandados de prisão foram executados
nos dias seguintes. "Atualmente, além das diligências de hoje, estão em
andamento a análise dos documentos e materiais apreendidos", informa a
Polícia Civil.
Segundo as investigações, conduzidas pela Delegacia do
Consumidor, houve uma falha operacional no controle de qualidade aplicado nos
testes, com o objetivo de diminuir custos. A análise das amostras deixou de ser
realizada diariamente e se tornou semanal, dizem as autoridades policiais.
Em nota enviada ao Estadão, a Polícia Civil destacou que a
contratação do laboratório PCS Saleme pelo Governo do Estado também está sendo
investigada. As novas fases da investigação, contudo, estarão sob sigilo.
Em nota enviada à Agência Brasil na
sexta-feira, 11, o laboratório disse que informou à Central Estadual de
Transplantes os resultados de todos os exames de HIV realizados em amostras de
sangue de doadores de órgãos entre 1º de dezembro de 2023 e 12 de setembro de
2024, período em que prestou serviços à fundação.
Nesses procedimentos, segundo o posicionamento, foram
utilizados os kits de diagnóstico recomendados pelo Ministério da Saúde e pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O laboratório afirmou ainda que abriu sindicância interna para
apurar as responsabilidades do caso, um episódio "sem precedentes na
história da empresa".
Jornalista responsável:
Jornalista Adalmir Ferreira da Silva
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