27/09/2024 | Por: Assessora de Imprensa Fátima França
(Foto divulgação internet)
Pesquisa AtlasIntel, divulgada hoje (27), aponta três
candidatos na disputa pelo 2º turno em Niterói: Rodrigo Neves (PDT), Carlos
Jordy (PL) e Talíria Petrone (PSOL). O pedetista aparece com 44,7% das
intenções de votos, seguido pelo bolsonarista com 29%, pela psolista com 17,2%
e por Bruno Lessa (Podemos) com 4,4%. A margem de erro é de três pontos
percentuais para mais ou menos.
De acordo com o levantamento inédito e espontâneo, Jordy não
ganha em nenhum cenário, ou seja, se ele disputar o segundo turno com o
ex-prefeito ou com a deputada federal, o candidato do PL não tem chances de
governar a cidade, além de ter o maior índice de rejeição da população.
“Penso que não há necessidade de pânico, pois, se Jordy chegar
ao segundo turno, perderá a eleição, pois o campo progressista todo votaria em
Rodrigo. É válido que os apoiadores de Talíria critiquem a tese do voto útil
aqui em Niterói, uma cidade que tem tido um histórico de vitórias de prefeitos
do campo progressista”, afirma o cientista político Marcus Ianoni, doutor e
coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política (PPGCP) da
Universidade Federal Fluminense (UFF).
Para os niteroienses, o segundo turno preferido entre os
eleitores é entre Rodrigo Neves e Talíria Petrone, que são os dois campos
progressistas do município. A parlamentar tem a menor rejeição e mais espaço
para crescer nas eleições.
“Seria politicamente importante que o debate entre duas
candidaturas do campo progressista (Rodrigo e Talíria) pudessem chegar ao
segundo turno para que a esquerda democrática expusesse suas diferentes visões
sobre a gestão da cidade para os eleitores de Niterói. Reforço o argumento de que,
para o esclarecimento político dos eleitores de Niterói que votam em candidatos
progressistas, seria instrutivo se houvesse um segundo turno entre dois
candidatos desse campo”, pontua o especialista.
A pesquisa foi realizada pela internet. A AtlasIntel foi feita
com recursos próprios e teve a resposta de 1.218 eleitores de Niterói entre os
dias 20 e 25 de setembro. O levantamento tem nível de confiança de 95%. A
pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número
RJ-04190/2024.
Voto útil
O voto útil é uma estratégia dos eleitores que deixam de
apostar no seu candidato para escolher quem tem maiores chances de derrotar
algum opositor.
“A política no Brasil e no mundo vem sendo muito limitada por
essa figura da representação em contraposição à figura da participação. Isso
faz com que o mundo e o Brasil fiquem polarizados e sem politização”, explica
Clarisse Gurgel, doutora em Ciência Política pelo Instituto Universitário de
Pesquisas do Rio de Janeiro IUPERJ.
De acordo com a especialista, durante o período eleitoral, o
medo do bolsonarismo tende a fazer com que os eleitores prefiram
“antecipar" uma solução em um suposto primeiro turno. Para ela, essa
estratégia do medo que vem sendo adotada por muitos candidatos, o que prejudica
o bom debate.
“O bolsonarismo resultou e consistiu em muitos males objetivos
e concretos pro mundo e pro Brasil, mas, agarrado ao medo de voltar ao
bolsonarismo, a gente perde de vista que vamos cedendo a ele. Então, existe
esse cálculo, que é um cálculo, que aparentemente é inteligente, mas é o que a
gente chama de fantasia ideológica. Brinco que, por muitas vezes, o voto útil é
por motivo fútil. A gente não quer entrar em contato mais com esse pleito. O
pleito perdeu todo o potencial dele de termômetro de proporcionar um espaço de
maior debate, de maior envolvimento das pessoas nas coisas da cidade e do
país”, garante Clarisse.
Jornalista responsável:
Jornalista Adalmir Ferreira da Silva
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Diretora Executiva:
Joana D’arc Malerbe
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