31/07/2024 | Por: Agência Brasil
Quando o usuário da ferramenta emite um alerta, além do bloqueio às contas dos bancos parceiros, as operadoras de telefonia bloqueiam os chips dos telefones roubados, furtados ou extraviados (Foto divulgação internet)
Celular Seguro, programa do Ministério da Justiça e Segurança
Pública (MJSP) criado em dezembro de 2023, possibilita, em poucos cliques, o
bloqueio das linhas, dispositivos e aplicativos digitais às vítimas de furto,
roubo ou perda, reduzindo o risco de golpes. Mais de 2,1 milhões de pessoas já
utilizam a plataforma e cerca de 66,5 mil alertas de bloqueios já foram
realizados em todo o país.
Quando o usuário da ferramenta emite um alerta, além do bloqueio
às contas dos bancos parceiros, as operadoras de telefonia bloqueiam os chips
dos telefones roubados, furtados ou extraviados. O objetivo da medida é evitar
que bandidos utilizem os chips para clonar o WhatsApp e redes sociais. Além
disso, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) também efetua o bloqueio
do aparelho, a partir do IMEI, que é a identificação de cada celular.
“Estamos em constante aprimoramento para que o Celular Seguro
fique cada vez mais simples de usar, oferecendo mais segurança ao cidadão.
Neste ano, lançamos uma nova versão da ferramenta, além de estarmos em fase
final para incorporar uma iniciativa desenvolvida pelo governo do Piauí, com
foco na recuperação dos aparelhos roubados. É um compromisso e uma prioridade
do Ministério da Justiça e Segurança Pública oferecer soluções tecnológicas,
que fazem diferença na vida da sociedade”, destaca o secretário-executivo do
MJSP, Manoel Carlos de Almeida Neto.
De acordo com Manoel Carlos, em 2024 foi criado o Comitê Gestor
do Celular Seguro. Por meio dele, foram incorporados à equipe peritos
criminais federais e foram realizadas reuniões com o Google, que escolheu o
Brasil para o lançamento de funcionalidade anti-roubo de telefones móveis.
“Acolhemos novos parceiros e todas as empresas de telefonia passaram a bloquear
os chips dos aparelhos. São muitas ações já realizadas e outras ações que ainda
estão por vir, como disponibilizar uma lista com os IMEIs, que são a
identificação dos telefones, que tenham alguma restrição”, explicou o
secretário-executivo do MJSP.
"A ferramenta surgiu quando a gente percebeu um aumento dos
crimes de furto e roubo de celular, e isso gerava uma insegurança para o consumidor
no mundo digital. É que derivam desses crimes uma série de ações dos criminosos
no mundo digital, no uso de instituições bancárias que estavam no aparelho
celular, no uso de comércio eletrônico por meio de aplicativos. A proposta do
Celular Seguro é não só desestimular o mercado ilegal dos aparelhos furtados e
roubados, mas, também, proteger as instituições e recursos financeiros, com
alertas", explicou o coordenador-geral de Planejamento, Inovação e
Integração de Soluções para Segurança Pública do MJSP, José Rocha.
Segundo Rocha, o ministério atua na proteção do usuário como o
elo central da ferramenta, já que recebe os alertas e dispara imediatamente
para as instituições parceiras. "Cada parceiro tem o seu tempo. Alguns
conseguem dar resposta em seis horas, outros em duas horas. Mas estamos
estimulando para que eles melhorem o tempo de resposta", pontuou.
ACESSO — O acesso ao Celular Seguro é
feito com o mesmo login do site gov.br. O usuário pode acessar a ferramenta
diretamente no navegador da internet pelo computador por meio do site
https://celularseguro.mj.gov.br/ ou pelo aplicativo, disponíveis na Play Store
(Android) e na App Store (iOS/iPhone).
"Uma vez que o alerta resulta
num bloqueio daquele aparelho, digamos que o ladrão que roubou ou furtou não
vai conseguir fazer a revenda do celular, e isso gera um desestímulo por esse
crime. A ideia é que esse desestímulo resulte numa diminuição da prática do
crime, já que não vai ter um retorno tão significativo financeiramente",
frisou Rocha.
MELHORIAS — Em abril, o programa
passou a operar em uma versão atualizada. O processo de registro foi
simplificado e o envio de alertas aprimorado, tornando o uso da ferramenta mais
fácil e a comunicação de furto, roubo ou perda mais efetiva. No envio de
alertas, foi:
- Incluída restrição de 15 dias para
registro de ocorrências. O usuário só poderá emitir um alerta para ocorrências
dos últimos 15 dias, permitindo maior eficácia na ação.
- Criada a possibilidade de
selecionar o tipo de alerta que será emitido: apenas o bloqueio do
aparelho/linha, outros bloqueios (de outras instituições parceiras) ou ambas as
opções.
- Para emitir um alerta, o usuário
visualiza uma notificação de confirmação de envio, trazendo maior garantia
contra cliques acidentais.
Para facilitar o cadastro, não é mais
necessário informar o IMEI e o modelo do aparelho, apenas o número da linha, a
operadora de telefonia e a marca do telefone. Não há limite para o cadastro de
números, mas eles precisam estar vinculados ao CPF do titular da linha para que
o bloqueio seja efetivado.
"Por exemplo, se você tem o
plano família e está no nome do seu esposo ou do pai, você vai fazer o
registro, não vai funcionar o seu alerta, porque o seu telefone estaria
registrado no CPF de outra pessoa. É importante que o titular do plano, que
seria de fato o proprietário daquelas linhas telefônicas, faça o registro
daquelas linhas para a proteção", frisou o coordenador-geral.
No entanto, cada pessoa cadastrada no
Celular Seguro poderá indicar pessoas da sua confiança, que estarão autorizadas
a efetuar os bloqueios, caso o titular tenha o celular roubado, furtado ou
extraviado. Também é possível que a própria vítima bloqueie o aparelho
acessando o site por um computador.
PARCEIROS — Após o registro de furto,
roubo ou perda do celular, os bancos e instituições financeiras que aderiram ao
projeto farão o bloqueio das contas. O procedimento e o tempo de bloqueio de
cada empresa estão disponíveis nos termos de uso do site e do aplicativo. O
bloqueio dos aparelhos celulares seguirá a mesma regra.
Até o momento, além da Federação
Brasileira de Bancos (Febraban), 13 instituições aderiram ao programa: Nubank,
Pan, Inter, Sicoob, Caixa, BTG Pactual, XP Investimentos, Santander, Safra,
Banco do Brasil, Itaú, Sicredi e Bradesco.
DESBLOQUEIO — A ferramenta não
oferece a possibilidade de fazer o desbloqueio. Caso o usuário emita um alerta,
mas recupere o telefone em seguida, terá que solicitar os acessos entrando em
contato com a operadora, bancos e outros. Cada empresa segue um rito diferente
para a recuperação dos aparelhos e das contas em aplicativos, descrito nos
termos de uso.
APRIMORAMENTO — Uma das medidas para
ampliar o escopo do programa Celular Seguro é a incorporação de um protocolo de
rastreamento e de recuperação de telefones móveis. Quando uma nova linha for
habilitada, as empresas de telefonia informarão em qual local e aparelho a nova
conta foi criada. Caso haja um registro de furto ou roubo, o receptador será
intimado, via WhatsApp, a comparecer a uma delegacia para esclarecer a
situação. Caso não tenha a nota fiscal, o telefone deverá ser entregue às
autoridades, que o encaminharão para os verdadeiros donos.
Outra iniciativa para aprimoramento
do Celular Seguro é que, dentro do aplicativo ou do site do programa, terá uma
lista com os IMEIs – que são os números de identificação de cada telefone. A
medida auxiliará compradores de telefones usados, que poderão consultar se há
alguma ocorrência ligada ao aparelho que estão comprando.
Jornalista responsável:
Jornalista Adalmir Ferreira da Silva
Registro nº 0042497/RJ
Diretora Executiva:
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