29/07/2024 | Por: A Voz da Serra
Fogo em serras de Nova Friburgo (Foto divulgação internet)
Segundo o Centro de Monitoramento e
Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), seis municípios no Estado do Rio de
Janeiro estão enfrentando uma seca severa. As regiões mais afetadas são a
Noroeste, Serrana e Metropolitana. Entre eles estão Nova Friburgo, Bom Jardim,
Cardoso Moreira, Casimiro de Abreu, Itaboraí e Silva Jardim, onde as
quantidades de chuva registradas têm sido significativamente abaixo da média e
não há previsão de chuva no município nos próximos dias, pelo menos, até
domingo, 28.
Além disso, a situação na Região Sudeste
do Brasil também é preocupante, com todos os municípios de São Paulo e Espírito
Santo sob alguma classificação de seca, variando de extrema a fraca. Especial
atenção está sendo dada às áreas de mata na Região Serrana do Rio, que
historicamente enfrentam maior incidência de incêndios florestais durante esta
época do ano devido às condições climáticas adversas. A falta de chuvas não
apenas compromete o abastecimento de água e a agricultura local, mas também
aumenta significativamente o risco de queimadas.
Massa de ar seco
A forte massa de ar seco que
predomina sobre o Brasil há vários dias vem causando níveis de umidade no ar
muito baixo em vários estados. Na tarde de terça-feira, 23, por exemplo, o
menor nível de umidade no país, até às 18h, pela medição do Instituto Nacional
de Meteorologia (Inmet) foi em Nova Friburgo: registro de 8% de umidade no ar
em Salinas, no distrito de Campo do Coelho.
Locais mais secos do Brasil nesta
terça-feira, 23
Impactos na saúde
A baixa umidade relativa do ar pode
causar ressecamento das vias respiratórias, pele seca, lábios rachados e
irritação nos olhos. Além disso, aumenta a incidência de infecções
respiratórias, uma vez que mucosas secas são mais vulneráveis a vírus e
bactérias.
Em níveis críticos, problemas
respiratórios como asma e bronquite podem se agravar, e o ressecamento extremo
da pele e dos olhos, o risco de desidratação e infecções respiratórias graves
podem ocorrer. Em casos extremos, podem surgir complicações respiratórias
graves, desidratação severa, sangramento nasal e irritações intensas na pele e
nos olhos.
Aumento do risco de queimadas
Além dos efeitos adversos à saúde, a
sequência de dias secos também intensifica o risco de queimadas. A combinação
de tempo seco, umidade baixa e temperaturas elevadas cria condições ideais para
o aumento dos focos de incêndio. A vegetação seca torna-se altamente
inflamável, e a falta de precipitação, somada à alta evaporação, reduz a
umidade do solo e da vegetação. O ar quente e seco facilita a combustão, e
períodos prolongados de temperaturas acima da média exacerbam a secura, criando
um ambiente volátil onde qualquer faísca pode iniciar um incêndio.
Início do período de queimadas
Com a chegada do inverno, inicia-se
também o período de queimadas no Brasil. O tempo seco predominante em grande
parte do país cria condições ideais para a formação e dispersão de focos de
incêndio, especialmente nas regiões Norte, Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste.
Durante o inverno e início da primavera, o Brasil Central enfrenta um clima
predominantemente seco, com poucas chuvas e umidade relativa frequentemente
abaixo de 30%. Essas condições tornam a vegetação vulnerável a queimadas, que
podem ser provocadas tanto por fatores naturais quanto por ações humanas.
Previsão do tempo em Nova Friburgo
Jornalista responsável:
Jornalista Adalmir Ferreira da Silva
Registro nº 0042497/RJ
Diretora Executiva:
Joana D’arc Malerbe
Maricá/RJ (21) 98763-5117 nvedicaorj@gmail.com