04/02/2025 | Por: Secom/Pr.
(Secom/PR)
Durante participação no
programa “Bom Dia, Ministro” desta quinta-feira, 30 de janeiro, o ministro
Márcio França (Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte)
destacou a importância de desburocratizar o acesso aos recursos destinados aos
empreendedores, às microempresas e às empresas de pequeno porte.
“Estamos falando,
inclusive, com os prefeitos, para incentivar a criação de salas de
empreendedores para que a prefeitura colabore orientando os empreendedores a
irem aos bancos, talvez até o da prefeitura, para facilitar essa entrega do
Cartão MEI”
Márcio
França
Ministro do Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte
Um dos destaques da
entrevista foi o Cartão MEI, um cartão de crédito e débito, sem anuidade e
exclusivo para o Microempreendedor Individual (MEI), que fortalece e apoia o
segmento, promovendo formalização, facilitando operações comerciais e
contribuindo para a sustentabilidade dos pequenos negócios, servindo como
identificação dos microempreendedores. Uma das novidades é a impressão de um QR
Code no plástico para acesso facilitado ao Portal
do Empreendedor.
O ministro acrescenta que
construir um caminho para a identificação dos MEIs foi um pedido do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva ao criar, em janeiro de 2024, o Ministério do
Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. "Você vai na rua
vender um sanduíche, por exemplo, quem é que comprova que você é um MEI? É só
entrar e mostrar pela internet que é um MEI. Então, fizemos esse cartão aqui,
que está disponível, e com ele dá para emprestar até 30% para empresas que
tenham homens como MEI e 40% e 50%, se a empresa for de mulher. Porque mulher,
geralmente, é melhor pagadora", assinalou.
“Estamos falando,
inclusive, com os prefeitos, para incentivar a criação de salas de
empreendedores para que a prefeitura colabore orientando os empreendedores a
irem aos bancos, talvez até o da prefeitura, para facilitar essa entrega do
Cartão MEI”, afirmou. “Fazemos a distribuição, por enquanto, só pelo Banco do
Brasil, mas vamos fazer com a Caixa Econômica Federal, com outros bancos que
quiserem e, ainda este ano, vamos fazer o cartão nosso do Governo Federal e
entregar para as pessoas, porque nosso objetivo é que todo mundo tenha, já que
é um benefício para as pessoas”.
França reforçou que o
objetivo é ampliar o acesso dos empreendedores às linhas de crédito promovendo
a digitalização dos serviços oferecidos por meio de programas federais. “Para
2025, queremos trazer o Portal do Empreendedor e inserir os dados de todos os
empreendedores do Brasil dentro desse portal, ter todos os apps para falar com
ele e comunicar os benefícios que ele tem diretamente. Porque a forma que a
gente tem de comunicação antiga nem sempre é aquela que a pessoa está
acostumada a ouvir. Ela está no celular, a pessoa recebe tudo no automático.
Vamos facilitar a vida das pessoas pelo mundo digital com qualificação,
educação e digitalização”, garantiu.
BOLSA FAMÍLIA E CADÚNICO — Márcio França
abordou, ainda, sobre como beneficiários do Bolsa Família estão sendo apoiados
por programas de estímulo e promoção ao empreendedorismo, enquanto,
simultaneamente, podem continuar recebendo o pagamento do programa de
transferência de renda. “No programa Acredita, separamos R$ 1 bilhão, convênio
com o Ministério do Desenvolvimento Social, para fazer empréstimo de
microcrédito, de até R$ 10 mil e R$ 15 mil, para quem é do Bolsa Família”,
reforçou. “Descobrimos que 46% das beneficiárias do Bolsa Família também
empreendem. E elas têm medo de perder o Bolsa Família. Então, precisamos
orientar essas pessoas que elas não vão perder o direito ao programa, que elas
podem e têm dois anos para empreender sem perder o benefício”, esclarece.
Ele complementa, porém,
que o pagamento do Bolsa Família é interrompido em situações de beneficiários
que alcancem autossustentabilidade financeira por meio da própria atividade
comercial. “Se amanhã elas crescerem, tiverem negócios com funcionários, não
tem sentido elas ficarem recebendo o Bolsa Família. Mas a grande emancipação
dessas pessoas é com o microcrédito que o Banco do Nordeste faz bem feito, mas
também tem o Banco do Brasil e a Caixa que também fazem empréstimos para quem
está no CadÚnico e pode fazer esse empréstimo pequeno do Bolsa Família. Ao
mesmo tempo, essas pessoas têm que ter qualificação, porque, como é dinheiro
público, a gente não pode dar para a pessoa, tem que dar junto com a
orientação”, salientou o ministro.
Veja outros pontos da
entrevista com o ministro:
REGULARIZAÇÃO — São dívidas de até R$ 25 mil, até 20 salários mínimos, que
têm protestos, em que as pessoas são protestadas ou executadas. Já existem
alguns programas do governo que você quita com um parcelamento que vai até 120
vezes, mas, ainda assim, é muito alto normalmente para as pessoas não conseguem
fazer. Há uma portaria que queremos prorrogar que o pagamento é de 1%. Então,
veja bem, você deve R$ 23 mil, você vai no cartório de protesto e paga R$ 230 e
está adimplente e regularizado.
EMPRESAS DE TECNOLOGIA — As startups também
estão dentro do Governo Federal. As cooperativas também estão dentro do
governo. Os autônomos estão dentro do ministério. Quer dizer, embora seja um
ministério novo, ele abrange temas muito concretos, como é o caso das startups
que têm surgido no Brasil inteiro e nós queremos lançar editais, inclusive,
porque muita gente lança um plano digital de modernidade, mas depois aquele
programa fica meio encostado num canto qualquer e não tem para quem vender.
Então, o governo quer também fazer uma espécie de chamamento para dar a vocês,
que mexem com tecnologia, a demanda que nós precisamos e, se vocês tiverem
capacidade, vocês produzem e nós compramos.
ACORDO COM AMAZON — A gente já esteve com praticamente todos os grandes
semelhantes à Amazon. Fomos, inclusive, à China, para ver e conversar com eles,
porque o nosso objetivo é fazer com que os brasileiros possam vender. A Amazon
e todas as outras, a Kwai, essas todas, permitem você vender para o Brasil
todo. Então é claro que você amplia muito os seus negócios. Tem que ter algum
grau de exigência, é evidente que ela cobra, existe um sistema lá que você pode
deixar para ela entregar ou ela pode buscar na sua casa, embrulhar e levar para
entregar. Faz isso também internacionalmente. Então você pode fazer isso para
outro país. E você não precisa falar inglês, você não precisa conhecer sobre
exportação, porque ela pega o seu produto na sua casa, embrulha, prepara a sua
venda, coloca nos Estados Unidos, pega o dinheiro em dólar, transforma e depois
devolve na sua conta.
PRONAMPE SOLIDÁRIO — Foi feito para
aquela emergência da chuva, mas a gente sabe que ainda tem consequências da
chuva em alguns cantos, porque tem gente que, por exemplo, não está conseguindo
vender determinado produto, porque a fábrica que vendia para ele parou de vender
ou a fábrica quebrou. Nesse caso tem subsídio. Então aqui temos R$ 3,4 bilhões,
nós já fizemos a medida para 37 mil empresas e, dessas, tem mais ou menos R$ 1
bilhão que é subsídio e entra no Orçamento. Então, ano passado, o déficit do
Brasil foi 0,3, se não me engano era 0,4, em relação ao PIB. O Rio Grande do
Sul pesou metade desse valor. A questão é que nós não podíamos virar de costas
para o Rio Grande do Sul. Não podíamos. Então, fizemos o certo. Se tiver que
ter déficit para caso emergencial, não dá para você não deixar as pessoas na
mão. Então, penso que se houver ainda necessidade, a gente vai ter linhas, até
porque parte dessas pessoas começa a pagar agora aquilo que recebeu e já montou
a sua loja de volta.
COMPRA COM CASHBACK — A partir da Reforma Tributária podemos fazer emergir um
outro país. Todo mundo aqui fica um pouco “Ah, nos Estados Unidos a coisa
funciona assim, tudo funciona”. Sim, funciona, só que lá, para efeito de
sonegação, eles são muito rigorosos, muito rigorosos. E aqui existe uma certa
informalidade que foi, ao longo dos anos, ficando. E, com a reforma, já não dá
para ser assim, porque a reforma vai premiar, privilegiar quem está
oficializado com o cashback (devolução de uma porcentagem do pagamento). Vai
ter um cashback para quem compra, vai ter um pedaço da devolução e,
naturalmente, a pessoa vai falar o CPF e só vai querer comprar de você porque
quer o cashback de volta para ela. Então, é uma tarefa e essas pessoas são quem
podem ajudar o Brasil a continuar crescendo.
CARROS ELÉTRICOS — Se você pensar em
trocar todos os carros que hoje fazem serviços de entrega e de transporte, os
aplicativos de mobilidade, por carros elétricos, é evidente que ele vai
economizar na gasolina, porque o carro elétrico é mais barato e para pequenas distâncias
dá. Mas se o motorista não tem os R$ 100 mil, nós temos o valor. Então, se ele
estiver regularizado, conseguimos emprestar para ele. E isso faz girar a cadeia
produtiva toda, porque, naturalmente, a indústria tem que produzir mais.
MEIs ESPECÍFICOS — Há um MEI específico, que é o MEI de caminhoneiro, que deu
um grande resultado. Com ele, o caminhoneiro paga um pouco a mais e nós
regularizamos os caminhoneiros do Brasil inteiro. Agora nós estamos com outro
MEI, que é o MEI do Salão de Beleza, o Salão Solidário, que é um sucesso.
Antigamente tinha um monte de ação trabalhista. Agora é possível fazer uma
negociação direta entre o dono do salão e a moça que vai cortar, o rapaz que
vai cortar, e fazer um acordo sobre o uso da cadeira. E cada um paga um pedaço
da previdência. Deu um super resultado. É isso que a gente quer fazer também
agora com relação à questão dos entregadores e dos motoristas de aplicativo,
para que a gente tenha todo mundo regularizado.
PRODUTO AMAZÔNICO — Os artesãos do
Brasil, que são 400 mil pessoas, dependem muito de um cartão de informação. Por
que como se identifica um artesão? Porque tem gente que vai a algum outro país,
compra um monte de bugiganga e vende no Brasil, dizendo que aquilo é artesanato.
É diferente de quem faz um artesanato verdadeiro, real, concreto. Nós vamos ter
aqui agora a COP30, em Belém, e estamos fazendo um pacto com o governo da
Colômbia para a gente poder ter um certificado Brasil-Colômbia de que o produto
é realmente um produto amazônico. Porque tem pessoa que está produzindo a mesma
coisa que se produz na Amazônia, só que em outro canto, e fala que é da
Amazônia. E põe um carimbão da Amazônia. Então nós queremos certificar que o
produto é da Amazônia, que o produto é original, que é a nossa biodiversidade
da Amazônia que está permitindo essa solução.
PARTICIPAÇÃO — O programa "Bom Dia, Ministro" contou com a
participação de jornalistas da Rádio Nacional de Brasília, Amazônia e Alto
Solimões; Rádio Bandeirantes (São Paulo/SP); Rádio Gaúcha Serra (Caxias do
Sul/RS); Rádio Grande Rio FM (Petrolina/PE); Rádio Rede Mais (João Pessoa/PB);
Rádio Antena Esportiva (Rio de Janeiro/RJ); Rádio Mais FM (São Luís/MA), Rádio
Cidade Em Dia (Criciúma/SC) e Rádio Cultura FM (Belém/PA). O "Bom Dia,
Ministro" é uma coprodução da Secretaria de Comunicação Social da
Presidência da República (Secom/PR) e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Jornalista responsável:
Jornalista Adalmir Ferreira da Silva
Registro nº 0042497/RJ
Diretora Executiva:
Joana D’arc Malerbe
Maricá/RJ (21) 98763-5117 nvedicaorj@gmail.com