31/12/2024 | Por: Notícias ao Minuto
(Foto: Divulgação)
MARIANA
BRASIL E MARIANNA HOLANDA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou
nesta segunda-feira (30) o decreto que eleva o salário mínimo a R$ 1.518 a
partir de quarta (1).
O valor do reajuste estava
previsto pela nova regra de correção do salário mínimo, aprovada pelo Congresso
no pacote de contenção de gastos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Se a regra anterior ao pacote estivesse valendo, o salário mínimo subiria para
R$ 1.528 (sem arredondamentos para cima). Com a revisão da regra, houve uma
perda de R$ 10.
O limite ao ganho real do salário
mínimo foi o pilar central do pacote e representou um recuo do presidente Lula
na política de valorização que seu próprio governo implementou.
Pela lei anterior, os reajustes
eram feitos com base na variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor) acumulada nos 12 meses encerrados em novembro, somado à variação do
PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.
A nova regra prevê que o ganho
real do piso, acima da inflação, continuará atrelado ao crescimento do PIB de
dois anos antes, mas não poderá superar a correção do limite do arcabouço
fiscal -que oscila entre 0,6% e 2,5% ao ano.
Entre abril de 2024 até a aprovação do pacote de contenção de gastos em
dezembro, as previsões do reajuste do salário mínimo oscilaram entre R$ 1.502 e
R$ 1.518.
A medida foi considerada uma
vitória de Haddad no processo de ajuste fiscal e contenção do crescimento das
despesas obrigatórias. Haddad conseguiu consenso no governo para a revisão da
regra e a alteração passou sem dificuldades no Congresso.
Lula vetou o trecho que previa o
fim da concessão do BPC (Benefício de Prestação Continuada) para pessoas com
deficiência leve, aprovada pelo Congresso junto às mudanças no salário mínimo e
alvo de divergências nas votações.
O BPC foi o item a sofrer maior
resistência tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado, cujo objetivo do
governo era restringir a concessão para pessoas com deficiência e coibir
fraudes, diante da explosão do número de beneficiários.
Também foram sancionadas as
mudanças referentes ao alcance do abono do PIS/Pasep, benefício pago a
empregados formais e funcionários de órgãos públicos com renda média de até
dois salários mínimos mensais.
O governo calcula uma economia de
R$ 69,8 bilhões entre 2025 e 2026 com as mudanças aprovadas pelo Congresso, um
aumento de R$2,1 bilhões do previsto anteriormente.
Jornalista responsável:
Jornalista Adalmir Ferreira da Silva
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